sábado, 5 de julho de 2014

Eu tentei não olhar para baixo, tentei seguir em frente sem deixar que nada desviasse de meu caminho. Mas quando dei por mim estava agachada junto a ponte estudando o estranho objeto que atreveu-se a interferir em minha jornada. Não entedia o porquê, mas aquele estranho corpúsculo me fascinava de maneira que esqueci o motivo que me fez levantar àquela manhã. O dia estava nublado e não havia um espírito se quer em minha casa. De repente uma ânsia demasiadamente sufocante invadiu meu ser, lembrei de quando dizias que me amava e, também, de seu gesto singular o qual desmantelara toda paixão.
  Então isso, minha vida tinha ido embora com o seu adeus, não restava em mim qualquer vontade ou sapiência, quando vejo... não sei dar nome para o que vi, mas ele me fez voltar, repensar e engolir a angustia em um único suspiro.
 Horas depois esqueci-me de existir. Já não era nada, apenas matéria em estado de putrefação.
Aquele botão de sua camisa despertou em mim uma consciência tamanha que foi capaz de sufocar minha covardia de viver uma vida sem amor... sem você.

Alguns podem achar estupidez, mas eu coloquei um preço em minha vida. Agora sou apenas uma lembrança, uma foto, uma carta. Nada mais que isso...

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