domingo, 20 de setembro de 2009

Carta


Não posso amar...eu sou canalha por vocação.
Amar desprovido,amar sem emoção,amar por amar e sem compaixão...
Me desculpem belas donzelas,peço desculpas a todas que levei para a cama depois do bar,a todas que pedi em casamento debaixo do primeiro luar,a todas que choraram por me amar,a todas que pintei o corpo nú na beleza da virgindade, eu peço desculpa por amar uma unica noite.
No bar,no bar encontrei varios amores,a de olhos azuis a de olhos pretos,cabelos dourados cabelos vermelhos... amei por amar e nunca tive familia.
Vivia e vivia,a vida é para se viver nunca busquei a imortalidade e tão pouco a estabilidade.Sempre penssei "se eu nasci e a vida é curta,então meu proposito é curti-la antes que acabe". Desde muleque eu falava isso para mim mesmo,então comi minha doce governanta aos treze anos....dai vai a minha longa históra.
Que finalizo hoje com noventa e um anos,de pura diverção e não me arrependo de nada que fiz em toda minha vida,só escrevo uma carta ao mundo que é para pedir desculpa pelas mulheres que me amaram e pelos filhos que não conheci.
Adeus mundo,adeus bar,adeus cerveja,adeus conhaque,adeus tequila,adeus rum,adeus whisky, adeus sexo,adeus juventude,adeus cigarro,adeus consciência e adeus para você que me lê.

ASS: todos boêmios que amam.