sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Para onde correm as goticulas de saudade?
quero resgatar tudo isso em mim esquecida, tudo que ontem era cedo e hoje é tarde. Como o tempo pode ser tão cruel e expectativo?
Ai de mim, pobre, pobre mesmo. De alma e condição financeira. Mortal pobre, não pobre mortal.
Quantos quilômetros são necessários para se provar que ama?
Onde moram os que dizem a verdade? Quero ser vizinha deles.
Cada pedacinho de algodão que eu deixei cair soaram como relâmpagos para os que sentem medo de dizer sobre as raízes da vida.
Ei de sorrir e chorar até o dia parar de ser dia e virar noite.
Sei que pode dizer amo,mais o amo não pratica liberdade. Ele prende, me prende, te prende e não solta. Ele muda de estado térmico,esfria, mas sempre vai te prender nas lembranças do ontem.
Onde caíram as penas? Eu quero voar novamente.
Digamos que o caminho se tornou em vários caminhos picados, com buracos e morros. Então eu sentei para descaçar, e o tempo não me esperou, e então eu vi outros passando na minha frente. Alguns com sorriso no rosto, outros agoniados para terminar o percurso e enquanto outros arrastavam os pés como se pesassem toneladas. E eu, bem eu resolvi ver a vida. Quero sentir o cheiro... cheiro de folhas, de musgo de poeira, da chuva, cheiro de banho, mofo e cheiro da pele que me toca.
Um sentido estranho que trás lembranças, sonhos, tristeza e alegria. Alegria não, pois o passado automaticamente se torna melancólico, melancólico é quase como uma cólica que vem junto com um choro preso na garganta. Então fico realmente chorosa quando penso no passado. O futuro sim, é o que me aguarda, o pensamento do futuro. Agora o presente é chato, é parado é quase como se ver no espelho quando se não tem mais nada para fazer em um domingo.
Sentada ali, esperando o presente passar.
Plantei no teu peito a vontade de viver, plantas-te no meu a dor de lembrar... do amor.
A força que me abre é a mesma que me move.
Sentada ali simplesmente existi. E o agora é a certeza do que jamais saberei.