quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

E é tudo tão simples
complicado é a imaginação.
Na regra geral, tem não tem. Morte.

Nada sobrou...

...e eu
Eu deveria parar de beber


Porque não estou fazendo bem a quem me ama


Devia me converter ao induismo

Comida vegetariana, mantras e Krishna


Aonde foi parar aquele menino

Que queria cantar como o Beatle George

Aleluia, Hare Krishna

Krishna Krishna aleluia


Ha, aonde foi parar aquele menino

Que ha, queria cantar como o Beatle George

Aleluia, Hare Krishna

Krishna Krishna, Hare

HareHare Hama, Hare

HaHama Hama aleluia


Eu realmente deveria para de beber....
eu sentia uma dor que embrulhava meu estômago, parecia vir da minha garganta, descia amargo e caia no estômago. e então eu me deixava ensopar pelas lágrimas.
nunca encontrei minha verdadeira razão de ser o que sou, em nenhuma tarde ensolarada de domingo fiquei completamente aquecida pelo sol. sempre me faltava um complemente, algo me faltava. imaginava ser algo em que as pessoas em minha volta notassem por produzir algum tipo de novidade utilizável, algum tipo de mensagem sobre o que é ser vivo e viver. algum tipo de arte.
a arte foi minha paixão, desde pequena eu colecionava papel, lápis, giz de cera, aquarela, canetão, guache e tudo que podia dar cor a um papel.
eu tento ainda, dar cor, mas agora é em minha vida.
se eu falar de amor, seria muito angustiante. mesmo por que foi por amor que tentei ser. foi por amor que meu estômago sofre de cólicas. doí, doí no peito . eu busco um amor para dividir a minha busca pela liberdade, busco um amor que entenda o que é a expressão na arte, musica e nas palavras.
eu vejo sobre esse amor em todas as partes, eu corro em busca de um pedaço dessa ilusão.
sempre o que me sobra são pedaços do meu coração que ficam em minhas mão.
ignorei o fato de que possivelmente o que eu tanto busco talvez seja o que muitos buscam e não acham, como se de toda a minha vida a única forma de me contentar é agradecer pelo que tenho e não seguir em busca desse sonho encantado. possibilidades são vastas, mas o mundo é grande de mais
e eu sei que em algum canto ali esta o que eu procuro. o grande problema dessa busca é que é cansativa de mais para uma vida curta. o que eu deveria fazer era me acostumar com o fato de ter o que me vem e não o que procuro. a procura é cansativa, no meio do caminho eu ja me iludi, perdi a cabeça e foram levando pedaços da minha esperança... e o pedaço que me sobrou é tão pequeno que eu não sei o que fazer com ele, deveria guardar em uma caixinha e tranca-lo, ate que em um último instante no decorrer da minha vida eu possa utilizar. pelo menos eu terei um pedaço de esperança para poder fazer a última tentativa.
quando eu amo, eu amo com todas as forças da minha virtude. eu coloco toda a verdade que pode existir dentro de mim, eu faço o possível para tornar feliz o meu bem amado.
mas estou cansada, sinto um cansaço tão fadigante que ultimamente tenho ignorado as insistentes tentativas para me conquistar. a minha última decepção foi violenta de mais com meu corpo, a minha recuperação me desmontou toda. estou respirando fundo e tentando ficar em paz.
mas meu coração bate forte, e eu não sei da onde vem esse animo dele, mas eu penso que não devo me perder novamente na incerteza do outro. eu não poderia novamente me apaixonar por um instante, e acordar sem ele do lado.
quando eu durmo eu apenas imagino uma casa calma, uma varanda e muitas árvores
eu quero ficar ali para sempre, e eu sei que vou para lá o problema seria minha solidão.
sim eu me imagino acompanhada por alguém que me ama apenas por eu ser o que sou, pelos meus defeitos e virtudes. eu imagino isso sempre que estou feliz.
mas agora, nesse exato momento que estou escrevendo na verdade... minha angustia me envolveu novamente, enquanto tento juntar as letras as lágrimas escorrem. elas são salgadas, temperando a minha solidão.
como vou te dizer o que eu sou, se nem ao menos eu consigo me controlar... esta doendo agora, doí tanto que simplesmente a respiração machuca.
não sei ainda o que minha cabeça produz, repassar isso é loucura.
eu só choro, eu choro por estar aqui. choro por ter esperanças em meus sonhos, choro por que o que não acontece é ter. e o que eu quero é muito mais simples que qualquer dinheiro possa comprar. é tão singelo e puro. tão puro.
eu me desculpo. me desculpa taiara, me desculpa por ser assim.
eu só queria estar ali, com você.
Para Fernando

blue


tão penetrante
não possui o chão
com os olhos penetrando o mais profundo e de nascença desconhecida
o toque sobre a pele
vibra com essas ondas penetrantes
e você declina sobre sim, sobre si que ali não esta
tão fácil
tão fácil te encontrar
ali onde eu estou com o braços esticados, a mão suavemente, para ti se estende
e enfim se fundem, incorporando o que delicadamente os constituía.
caminhando
o espaço em minha volta não tinha final
passos passos em volta
não acredito que estou entre vocês
e tudo tudo que aqui se fez;
meu andar, meu andar... meu andar
são apenas para caminhos
em busca do meu lar
as folhas amareladas caem, e eu continuo a andar
passos passos em minha volta
meu andar, meu andar e meu andar.



NÃO!
para por favor, não quero surtar outra vez. eu só não consigo entender isso
o por que disso tudo, quando começou e quando irá acabar?
meu maior medo é que tudo isso seja fruto da minha imaginação e que todo o resto é apenas por que essa outra pessoa, também compartilha da minha imaginação. como participamos do mesmo espetáculo da loucura? eu danço e você me guia nesse baile de máscaras que parece não ter fim.


havia vida por trás da tela
uma vida de dois se unindo 
tantos caminhos e lágrimas que imundaram o sertão
pois foi lá que percebi que tinha coração
dias e noites e meu desejo falando mais alto que a razão
um amor que descobri morava tão longe de mim
e então o que eu havia de ser por essa paixão?
eu fui eu vim e fiquei
pois nossas letras em carne se formou´
e uma paixão em osso se moldou
estou aqui dormindo ao seu lado nessa noite em que te escrevo, e posso sussurrar em seu ouvido que não importa o pesadelo pois eu acordarei ao teu lado.
Uma nova verdade
uma nova verdade
que sentimento é esse que me causa inveja do passado dos outros?
Meu corpo.
Tentei conhece-lo e desperta-lo.
Como se estivesse aqui em mim, e ao mesmo tempo ele esta longe do meu alcance em algum penhasco pendurado no seu limite e tenho que socorre-lo, porem dali ele não cai e não se salva tornando essa sensação angustiante que me parece ser eterna.
Pois o corpo que aqui esta, conheceu outro corpo. Que em espirito compartilha com o meu alguns dos mesmos desejos encobertos pela ética moral emprega a nós. Abertamente somos, agora, uma busca de prazeres submersos no osso e pele. Este novo corpo se desdobrou sobre minha busca individual e tornou-se  minha atual busca mais indelicada e amorosa que eu jamais poderia ter imaginado. Posso dizer que a cada dia esse novo corpo em mina vida conhece uma nova sensação. No inicio se escondia em bravura indomável e me questionei se poderia para ele, demonstrar o que eu adoraria conhecer em mim refletindo nele essa sensação. Minha angustiando necessidade de me ser, agora se tornou em dar a ele o que eu desconheço em mim, essa minha falta em êxtase de mim agora é um êxtase puro por ele. Uma obsessão da minha vida, que me suporta a mente em meu corpo que sustenta minha alma no meu corpo e o espirito agora em mim é real e concreto.
Sou uma escrava da minha busca em dar-te o êxtase que se esconde em você mesmo, nada será real em mim se isso tiver fim, terei que me obrigar a resgatar os instantes em ti vivido em paginas e letras alguns rabiscos mal feitos com rasgos de canivete nos pulsos. Minha obsessão é ser em ti uma abertura para que conheça sua própria carne e seu próprio espirito em verdades táteis, sensível que é teu corpo me debrucei em maravilhar nele. Comparo teu corpo a uma ilha deserta inabitada porem com as ações da natureza impostas a todos, essa ilha também sofreu ações do mesmo e ali estava meu futuro maravilhoso de criatura tal maravilhosa quanto um diamante bruto e eu teria que me aventurar nela para conquista-la.
Ambos não conhecia-mos o que experimentamos juntos afirmando uma relação de afinidades e intimidades somente nossas, um mundo sendo costurado em panos de emoção e mares de ambição. Seriamos pois um casal de corpos, porém ele é meu êxtase em si. Sou eu sendo a paixão dele.
No tempo em que a humanidade havia escondido a luz para não se ver a beleza e as cores, um garoto nasceu com um coração que possuía uma luz bem clara e brilhante. Seu coração era uma estrela e ninguém sabia.
 Sua claridade era tanta que cegava todos em sua volta pois todos eram acostumados a ficar no escuro assim não se podia ver as cores e toda a humanidade se acostumou ao cinza e ao negro levando ao esquecimento as cores.
Seus pais foram obrigados a fazer um colete de ferro para ser usado como uma roupa assim cobria a luz que  iluminava o garoto.Porem a visão do garoto também era diferente, ele via as coisas mais claras com todas as cores que ninguém conseguia ver a muito tempo.
Sua existência era rara um milagre que teve de ser escondido pois deixava todos irritados com tal claridade.
Durante muitos anos o garoto carregou o peso por ser diferente, se sentia culpado por ter aquele coração brilhante.
 Na escola era desprezado pois todos tinham medo de ficarem cegos se o colete de ferro saísse do garoto.
O mundo cada vez mais escuro, fez as pessoas esquecerem a compaixão, a bondade, a dignidade... a felicidade.
Todos adultos eram como maquinas, viviam para trabalhar.
 Todos era como robôs, não se ouvia um bom dia ou boa tarde, não existiam parques para se andar de bicicleta e jogar bola, nem flores em vasos nas janelas das casa, nem borboletas tão pouco pássaros cantando. Tudo isso era apenas assunto de museus e livros.
 Porem o garoto sempre foi bondoso e apesar de ser desprezado sempre procurou ajudar o próximo e ver a beleza em tudo que havia em sua volta.
Um dia foi decretado que o homem havia perdido sua visão que agora eles seriam guiados pela sua rotina.
O garoto sabia que deveria ajudar a todos mas sabia também que se assim o fizesse poderia ser preso para o resto da vida.
Um dia o garoto foi a praia com seus país que queriam mostrar ao garoto a imensidão do nado no horizonte do mar.
O garoto então se sentou no alto de umas pedras para apreciar o que nunca tinha visto; as ondas, as gaivotas ,o céu azul e suas nuvens quase brancas com contorno laranja e amarelo e um traço com tatas cores que ele não sabia o que era mais sabia que aquilo era a coisa mais linda que ele poderia ver na vida.
 Um senhor bem velho veio andando na areia e gritou para o menino:
 - Por que você esta ai observando a imensidão cinza e negra?
 Então o garoto falou,
- Estou sentindo as cores que existem neste risco no céu, que parece um arco. Como chego nas suas extremidades? Existe um mundo colorido como isso em alguma de suas pontas?
 O senhor então lhe disse;
 - O que você descobriu se chama arco-íris, daria todos meus anos na vida para conseguir ver um. Quando o homem descobrir o quanto azul é o céu e tão magnifico são as cores de um arco-íris, iram se perder na beleza das coisas simples da vida . Nos resolvemos desprezar tudo que era mais belo que nós, esquecemos que somos apreciadores dessa beleza, podemos devorar toda beleza de uma flor sem precisar ter o aroma de uma delas. 
O garoto então descobriu o por que de todos terem medo de sua claridade, descobriu que a humanidade havia sentido ciumes da natureza, de tudo que havia de belo ao seu redor e  pensaram em esquecer da beleza afim de ser mais fácil continuarem a viver.
Voltou para casa com vontade de mostrar a todos as cores da vida.
Apesar de estar longe de mim,posso dormir hoje em teus braços pois tenho em minhas lembranças o aroma da sua juventude que é minha fonte de prazer.
Quando você acredita no amor tem que aceitar que irá viver só. As incredulidades da vida são apenas suas, e dividir o peito com alguém resulta na submissão de seu amor.
Viver intensamente com um amor personificado é tudo por um determinado tempo.
Surgiu em minha pele a fúria, surgiu em meu rosto a falta de vida. Surgiu em minha calma um papel.
as flores do nosso jardim suspenso cercados pelo mar de automóveis envoltos pelas casas suspensas que cobrem o céu que buscamos pela noite. Nossa busca de tranquilidade em meio ao caos. Apenas buscamos beleza em paredes pintadas e pessoas alucinadas perdidas em busca de algo.
esse foi uma das nossas lembranças de uma tarde de sol e vento gelado.
Sou tão preenchida de nada.

Pensamentos no supermercado

Tenho que aqui confessar a minha enorme vontade de ser alguém com nenhuma dor. Ser real é isso, só dor e dor. Aquelas pessoas que escreveram musicas, poemas, romances e telas e depois desprezaram a própria respiração. Se julgando algo que é de tão atormentador para si mesmo que não ha mais solução a não ser calar as mãos. Parar de demonstrar ao mundo suas percepções e sentimentos, afinal seu próprio sentimento não tem o minimo valor para si mesmo. Sei que meu desejo de escrever só vem nos meus piores momentos, é quando estou morta por dentro e me abandono na minha realidade sentimental. Sou fraca, padeço tão fácil perante a mim. Se fosse capaz de pelo menos de fingir não gostar. Mas não, eu não me nego o enjoo da vida, a náusea constante de viver e ser viva e uma predaria de limitações. Tudo que o homem faz leva a uma tristeza sentimento de solidão. Hoje fui ao supermercado fazer a compra do mês, fiquei com raiva de ter de levar tanta coisa, cada coisa em seu potinho, saquinho ou latinha. Tudo em embalagens que só se acumulam em mais sacos de lixo. É desesperador ter que pegar cada frasquinho do que você vai usar, ali em uma prateleira com milhares de frascos que outros vão precisar, mas eu não queria precisar disso. Mas não tenho espaço para produzir o que preciso sem ter que me desgastar gastando dinheiro em um monte de fermento com açúcar e código de barras. Quiz girar e gritar PAREM!! e me atirar na loucura de ser mais um ali, que precisa de mais coisas que todos achamos que precisamos. Eu só preciso de amor.

Cerrado

Que que este seja um caderno de minhas anotações mais intimas, de todo meu sentimento explosivo e carente. Meu ultimo diário de pensamentos foi lavado por uma chuva, e suas páginas se transformaram em borrões. O mais triste é que nesse caderno haviam as minhas primeiras transcrições de um sentimento novo e destrutivo, amor. Pelo Fernando, ele que me deu a mão e me tirou de um quarto de loucuras e desesperos, desprezo por mim mesma eu tinha e meu corpo era uma pedaço de papel onde eu rabiscava, cortava, sujava, amassava, embebia em álcool e tacava fogo. Um quarto com a paredes escritas de dor, um colchão velho e sujo onde eu conseguia sonhar com dias felizes. Uma árvore de pequeno porte com flores bem silvestre, em minha janela. livros sem prateleira e caixas com recordações familiares que eu teimava em levar comigo. Era meu mundo em verde pânico, creme de verde nas paredes e estrelas no teto que brilhavam para mim de noite. E ele me fez na loucura paixão, apareceu por lá passou cinco noite e partiu. Partiu em milhões meu coração que agora não mais vivia sem ama-lo. Foi o mais atormentador de mim, foram dias amando sem ele ali. Depois de muitos pesares nós ficamos em um mesmo lugar, cidade, estado. Mesma rua. E agora estamos planejando ficar na mesma casa, na mesma cama, na mesma cozinha.