- Essas todas não são copias somente um olhar de desprezo, desprezo por
mim
- A que eu mais odeio é a última, por que sinto que ela é alguém que você
conhece
- Talvez de outra vida de algum sonho
- Desprezo por você? talvez. Desprezo por que você as deseja e elas não?
Talvez não de outra vida não, ela me parece muito com mulheres que você
adiciona nas redes sociais, mulheres que você encara no metro, mulheres que você
gostaria de ter para ti e passar os teus dedos sobre a pele macia do rosto
delas.
- Talvez porque algo dentro de mim, algo bonito, nunca irá sair, e eu
sinto ódio, raiva de mim mesmo.
- É isso que penso e esse pensamento me mata. Tenho mais medo do que você
sente por elas do que por mulheres reais afinal, não tenho como competir com
elas, já que são configuradas por seus desejos.
- É seus ciúmes falando não sua racionalidade elas são a personificação
de uma historia
- Como ciúmes se o maior amor da minha vida é o homem que pinta mulheres
totalmente diferentes de mim.
- É como se você
fosse Picasso e as amantes dele.
- De um príncipe, um príncipe que gostaria de poder fazer coisas boas
para todos, mas foi trancado em uma masmorra com apenas grades em uma janela...
- Que eram suas modelos sempre... sempre todo pintor tem modelos e
esposa, e sempre pintam as modelos que se tornam suas amantes, sempre a madona
é a amante que depois se torna a nova esposa e depois é trocada por outra
modelo amante e assim até o fim da vida deles.
- E para tentar ser resgatado batia com sua
coroa nas grades, e continuava batendo e batendo sua cabeça pelas barras de
ferro e ela fazia um som em que todos ficavam maravilhados como se pudessem
beijar o ar.
Um som de tamanha
beleza que levava a felicidade as pessoas.
Mas ele continuava
a bater sua cabeça entre as barras, fazendo aquele lindo som, mas sem nunca
conseguir sair de lá.
É isso que eu sinto
em relação as suas pinturas e eu.
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