Um grito espiritual é capaz de vibrar em forma que transpareça no corpo. Vontade sublime de se tornar em si fora dos padrões, se desfazer em algo que não entenda que nada seja desperdiçado, cada milimetro que se contraem será vislumbrado por si mesmo. Uma forma delimita pensamentos, e quando uma vontade de trair a regra estiver em alguma das formas vivas, então um novo corpo com perspectivas próprias nascerá. Tal sublime es um ser com formas desprendidas da sua regra, um limite é a força para se pensar em quebra-lo e continuará a ser pensado formas de não ter limites. Se existem limites logo existem vontades de não querer ser limitado. Se um corpo deve ser comprimido a uma forma, ele irá quebrar a barreira lhe imposta e seguir uma expressão do espírito.
Quando vencido o limite, nada se tornara mais virtuoso do que estender as possibilidades. Eis o corpo. Dele nada se limita, nada se alcança pois ha sempre várias possibilidades. Como o pensamento, que segue os mesmos devaneios que o corpo. Pois um pensamento é limitado, e quando tem uma necessidade de tornar um pensamento em único, entende-se que este será um pensamento que quebrou a forma pré formulada do que é são. De forma que um corpo e um pensamento podem ser vinculados em uma razão própria fugindo da moral pré definida.
Expondo-se em contornos de pensamentos.
Um pensamento se materializa em forma, em um corpo, sem este não existiria uma materialização do pensamento. Um corpo pode ser uma forma de te inibir da liberdade pura. Contudo, várias são as tentativas de tornar-se livre com as formas corporais, que te fazem tentar ser um contorno livre.
São várias as vezes em que não damos atenção para interpretar e compreender os pensamentos que estão sendo materializados em corpo.
Sons de um pensamento figurado em nossos corpos.
"O corpo é repositório de religião, da benção e da maldição,
do espírito e do exorcismo. O corpo é de caráter biológico,
esquelético, diabético, terapêutico e de reprodução.
O corpo econômico é massacrado, massificado e medido; o corpo
político é de ação, reação, violência, fascismo, nazismo, dialética,
retaliação e revolução; corpo concreto é emoção, espetáculo,
compleição, malandragem, tatuagem, anabolizante e correção.
O corpo é gestual, teatral, sígnico e cultural. O corpo é estético,
amputação, deformação, inscrição, circuncisão, infibulação,
castração e anorexia. Enfim, o corpo é dialético, é arquétipo
é narcisista. Os corpos são objetos de práticas simbólicas e
concretas, sagradas e profanas. Assim, a sociedade espera
que saibam tratá-lo, como um mapa de tesouros psicológicos:
cheios de emoção, discriminação, racismo e imprecisão, mas,
sobretudo, passíveis de transformação e evolução. São estas as
responsabilidades que agora serão depositadas em suas mãos.."
(em autor)
(em autor)
O corpo é a manifestação da vida, é carne sustentada por uma
estrutura. O ser humano é trágico porque seu corpo adoece e morre, no entanto mesmo assim ele reproduz. Mas, a vida é um fluxo constante de energia e a linguagem
do corpo é a linguagem da vida; logo temos que conhecer a energia em nós
(WEiL & TOmpAKOW)
(WEiL & TOmpAKOW)
O corpo perfeito, em sua construção, usa de economia em seu
desgaste, é massacrado quando privado de seus desejos, massificado e medido, pois
é matéria concreta que retém as emoções. Na divisão das funções orgânicas cada
membro desempenha politicamente a sua, se algum membro privar-se da função que
lhe cabe, o conjunto do corpo reage exigindo compleição. mas o corpo é eterno, pois,
ele é único, “emblema do tempo e espelho da decadência, verga sob o peso de almas
que se multiplicam na celebração profana da eternidade” (SiLVA)