sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Meu corpo na alcova se distende
Meus braços são garças no ar,
Há no ambiente um perfume
Vindo do cio feminino.
Náufrago no mar do teu ventre
Elevas parte da tua anatomia,
Deslizando pelas minhas pernas
Ouço os uivos do teu corpo.
No pescoço, arrepiado e quente,
Sinto a faca dos teus dentes
E dos meus lábios saem palavras
Que faz pulsar forte o teu coração
Marionete que com minha mão controlo

Com os finíssimos fios do prazer
Ao ondular as ancas e os seios
Num êxtase que só acontece
Quando dois se fazem um.

Estava muito quente em meu quarto, ali a luz que refletia na janela vinha do poste da rua... Cachorros latindo, carros passando, buzinas... Sons que não queria ouvir. Estava realmente quente aquele quarto, resolvi tirar a blusa e ficar deitada olhando o teto do quarto. Suava cada vez mais, meu corpo estava molhado e salgado. Usava saia e era tão gostoso quando o vento do ventilador batia em minhas pernas então de leve levantava minha saia. Refrescando todo o meu corpo assim.
Peguei um copo de água que estava na mesinha ao lado da cama, comecei a derramara a água em minha barriga... Meus seios e meu pescoço. A como aquilo me refrescou, senti um arrepio na espinha, e meu corpo estava me envolvendo cada vez mais nessas trocas de sensações térmicas. Hora eu estava pegando fogo hora ficava geladinha. Como um corpo poderia ser tão prazeroso? Eu sentia minha pele como nunca sentira algo como se fosse mil corpos em um, queria poder me morder e me lamber. Comecei a arranhar com as minhas unhas minhas costas, depois arranhei minhas pernas... Levantei-me da cama e suava e suava, sentei no chão e sem ter por que comecei a rolar... E o chão era fresco deitei de bunda para cima e já não estava mais usando saia. Qualquer tipo de roupa já era incomodo de mais. Só queria sentir minha própria pele e nada mais. Mordia meus pulsos e lambia meus dedos. Passava a língua nos lábios com os olhos fechados, como se assim pudesse sentir com mais tesão a minha própria agonia de ser em pele. Cortante, pele cortante rasgava, me machucava. Pele quente. Conseguia alcançar prazer sem ao menos ter você ali, mas sentia que era por sua causa que eu me debatia em agonia. Meus dedos passavam por entre as pernas, suavemente eu me deixava ser intima. Suavemente eu me deixei ser sua sem ter te tocado. Mesmo meus olhos secos de desejo, minha boca úmida de amor! Ali existiu um gozo, eterno grito e gemido que não podes ouvir. Mas me transbordei por ti aquela noite quente...