"Vagabundos que o mundo repeliu, mas zombam e vivem nos filmes, nas ruas tortas com tabuletas: Fábrica, Barbeiro, Polícia, e vencem a fome, iludem a brutalidade, prolongam o amor, como um segredo dito no ouvido de um homem do povo caído na rua." (Carlos Drummond de Andrade)
sábado, 21 de junho de 2014
me rastejando pelas escadas, consigo ver os teus pés, balançando com o corpo nos braços do nosso tio. um desespero, caio e rolo pela escada. agarro teu corpo como se fosse uma boneca linda, minha pressão queria fazer você respirar. ver seus olhos se abrirem mas eles não estavam lá. te carregamos, te colocaram em uma cama com maquinas em casa centímetro do teu corpo quente. e sei que estava ali, por tanto meus 9 dias foram somente teus, para segurar tua mão e cheirar teus cabelos negros. beijava sua boca, beijava seu dedo do pés seu pescoço. arranquei um punhado do seu cabelo. chegando em casa achei um vestido teu, recém usado, com cheiro de suor, grama e pele. eu o guardei parar mim, não mostrei a ninguém pois você era minha é minha.
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