quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Pensamentos no supermercado

Tenho que aqui confessar a minha enorme vontade de ser alguém com nenhuma dor. Ser real é isso, só dor e dor. Aquelas pessoas que escreveram musicas, poemas, romances e telas e depois desprezaram a própria respiração. Se julgando algo que é de tão atormentador para si mesmo que não ha mais solução a não ser calar as mãos. Parar de demonstrar ao mundo suas percepções e sentimentos, afinal seu próprio sentimento não tem o minimo valor para si mesmo. Sei que meu desejo de escrever só vem nos meus piores momentos, é quando estou morta por dentro e me abandono na minha realidade sentimental. Sou fraca, padeço tão fácil perante a mim. Se fosse capaz de pelo menos de fingir não gostar. Mas não, eu não me nego o enjoo da vida, a náusea constante de viver e ser viva e uma predaria de limitações. Tudo que o homem faz leva a uma tristeza sentimento de solidão. Hoje fui ao supermercado fazer a compra do mês, fiquei com raiva de ter de levar tanta coisa, cada coisa em seu potinho, saquinho ou latinha. Tudo em embalagens que só se acumulam em mais sacos de lixo. É desesperador ter que pegar cada frasquinho do que você vai usar, ali em uma prateleira com milhares de frascos que outros vão precisar, mas eu não queria precisar disso. Mas não tenho espaço para produzir o que preciso sem ter que me desgastar gastando dinheiro em um monte de fermento com açúcar e código de barras. Quiz girar e gritar PAREM!! e me atirar na loucura de ser mais um ali, que precisa de mais coisas que todos achamos que precisamos. Eu só preciso de amor.

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