quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cerrado

Que que este seja um caderno de minhas anotações mais intimas, de todo meu sentimento explosivo e carente. Meu ultimo diário de pensamentos foi lavado por uma chuva, e suas páginas se transformaram em borrões. O mais triste é que nesse caderno haviam as minhas primeiras transcrições de um sentimento novo e destrutivo, amor. Pelo Fernando, ele que me deu a mão e me tirou de um quarto de loucuras e desesperos, desprezo por mim mesma eu tinha e meu corpo era uma pedaço de papel onde eu rabiscava, cortava, sujava, amassava, embebia em álcool e tacava fogo. Um quarto com a paredes escritas de dor, um colchão velho e sujo onde eu conseguia sonhar com dias felizes. Uma árvore de pequeno porte com flores bem silvestre, em minha janela. livros sem prateleira e caixas com recordações familiares que eu teimava em levar comigo. Era meu mundo em verde pânico, creme de verde nas paredes e estrelas no teto que brilhavam para mim de noite. E ele me fez na loucura paixão, apareceu por lá passou cinco noite e partiu. Partiu em milhões meu coração que agora não mais vivia sem ama-lo. Foi o mais atormentador de mim, foram dias amando sem ele ali. Depois de muitos pesares nós ficamos em um mesmo lugar, cidade, estado. Mesma rua. E agora estamos planejando ficar na mesma casa, na mesma cama, na mesma cozinha.

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