"Vagabundos que o mundo repeliu, mas zombam e vivem nos filmes, nas ruas tortas com tabuletas: Fábrica, Barbeiro, Polícia, e vencem a fome, iludem a brutalidade, prolongam o amor, como um segredo dito no ouvido de um homem do povo caído na rua."
(Carlos Drummond de Andrade)
quarta-feira, 21 de março de 2012
Isso que carrego pode ser meu céu e meu inferno, dependo do estado de espirito e da pilula do dia.
Eu já sei caminhar em tantas nuvens
ResponderExcluirE posso visitar de vez em quando o chão
Do alto do parque, por cima das árvores eu vejo você
Antes de bater o vento eu já pensava em voar
Antes do sol clarear eu desapareci
Por cima dos prédios, estrelas vermelhas não brilham no céu
Eu sou das ruas de qualquer lugar
Existo sempre que você pensar em nós
Não tenho tempo pra guardar recordações
Mas o tanto que eu levar de você
Eu deixo um pouco pra me misturar
E não descanso pra você dormir
Eu já sei caminhar em tantas nuvens
E posso visitar de vez em quando o chão
Do alto do parque, por cima das árvores eu vejo você
Em quanto os pássaros sorriem para mim
Você procura o céu que não existe mais
Em São Paulo cinza, no Rio vermelho, em Recife azul
Mas o tanto que eu levar de você
Eu deixo um pouco pra me misturar
E não descanso pra você dormir
Eu troco a roupa, eu tomo um café
Me sento sempre na janela
E a minha casa é pra onde vão meus pés
Terminei Indo