domingo, 30 de dezembro de 2012

Podia ser um castelo no ar, eram os dias de amor com fitas amarelas no cabelo e as folhas secas pela grama.
Ela só queria ter asas para dançar a vida fora do chão.
Em sua cabecinha eram todas as cores em formas de pessoas e pessoas em todas as cores.
Era sinestésica, sua ambição era não para de viver.
Cada dia um lugar novo, cada lugar almas novas, cada alma nova um amor para viver.
Suas asas não cresciam, mesmo assim fez manobras de amor no precipício e ali os deixava.
Seguia seu voo disparando pelo céu do cerrado.
A vista pela manhã, sentada nas folhas, dava bom dia para o sol atrás da serra.
Era um novo dia e ela sabia que deveria vive-lo ao máximo pois haviam vozes em sua cabeça que em tempos a faziam desistir de voar.
Seu corpo se fechava em tristeza e se rebelava contra sua felicidade.
Após seus suicídios pelas noites se fazia em flor novamente e planava pela própria vida como se fosse um eterno voo de felicidade.

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