segunda-feira, 4 de junho de 2012


Eram as mesmas noites, mesmo colchão no chão e um abajur ao lado... livros espalhados, roupas sujas em toda parte, cigarros impregnavam  o chão com centenas de bitucas... meu quarto e todas garrafas e muita vontade insuportável de querer ser humana.
 Um amor distante pedia essa musica todas noites para nós, ele lá e eu no antigo "lar", isolada.
Minhas estrelas brilhantes no teto, a janela de madeira velha pedindo uma reforma, e sua metade aberta para baixo, permitindo um vislumbre do céu, posso garantir que é o mais estrelado de todas regiões do Brasil, minha região Norte do céu impecável dos deuses. Céu das estrelas.
Essa música me vez prisioneira da minha própria solidão.
Cortes na pele para conseguir suportar aquele cubículo dentro da cabeça, pois o quarto me refrescava com a janela e sua vista. Uma árvore que adorava deixar sues galhos mais floridos crescerem em meu quarto, não podia nem ao menos fecha-la, pois ali ja havia uma dona a arvora de flor grande e rosada. dividia meu quarto com a janela e seu árvore, as vezes uns chorinhos da Alice ali de baixo da janela querendo entrar para a minha festa da despedida. Essa foi a trilha sonora das semanas que se seguiram.
Um litro aqui, duas doses pela manha, e um punhado na não de bolinhas que eram meu estimulante. Uma bolinha daqui e outra de lá, com um copo de vinho. O resultado foram alguns desenhos fortes e que nem ao menos consigo lembrar quanto tempo levei trancada nesse mundo...soube que já tinham se passado um mês.
Um mês das melhores pinceladas e dos melhores contos rabiscados e depois amaçados para nunca serem lidos.
Um mês longe de todas frustrações dos outros. Os outros são perturbadores, não se pode não sorrir. se diz "tudo bem e você?" Fuja dessa palavras se não for um outro sínico.
 Mas que uma fugitiva da casa, mas que uma depravada da vida publica, mais que uma bebedeira regada de mg do esquecimento. Um mês e nem o fim chegou. Cortes na pele, uma tela viva,e ninguém apreciou. Reneguei assim o tal do movimento artístico" da livre expressão   

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